quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Veterano sobre trilhos e sua história!

Olá meus amigos visitantes, depois de um tempo sem postar algo peço as humildes desculpas pois estive lotado de coisas da faculdade para fazer.
Enfim hoje falaremos de um TUE que tem muiiiita mas muiiita história a contar, afinal ele roda firme e forte desde 1957 e só foi modernizado por volta de 1994, roda junto do serie 1700 na linha 7 e de modo esporádico na linha 10, e é o primeiro trem de aço inox do Brasil. Estamos falando do serie 1100. 

Suas Características:

Serie 100 atual 1100 (acervo RFFSA)
Serie 100 atual 1100 (acervo RFFSA)
Formação TUE: MC+R+R1
Fabricante: Budd/MAFERSA
Ano de Fabricação: 1957
Origem: EUA
Ano Operação: 1997
Caixa: Aço Inox
Bitola: 1,60 m
Quantidade de Portas/Carro: 8
Linhas de operação: 7/10
Composição Linha 7: 6 Carros
Composição Linha 10: 6 Carros

Dimensões

Altura Carro: 4,121 m
Altura Pantogr. Abaixado: 4,655 m
Altura Pantogr. Levantado: 7,010 m
Altura Boleto ao Piso: 1,362 m
Altura Boleto ao Eixo Engate: 0,927 m
Largura Carro: 3,057 m
Largura Portas: 1,20 m
Comprimento MC/: 25,907 m
Comprimento R/R1: 25,907 m
Peso MC: 58.500 Kg
Peso R: 39.500 Kg
Peso R1: 36.500 Kg
Diâmetro das Rodas: 36 pol.

Capacidade e Desempenho

Esforço Trator: 15.304 Kgf
Potência Contínua: 1.224 Kw
Velocidade Máxima: 100 Km/h
Aceleração Máxima: 0,50 m/s²
Desaceleração Max. Freio de Serviço: 0,77 m/s²
Desaceleração Max. Freio Emergência: 1,10 m/s²
Raio Mín Curv Horiz.: 76 m
Lotação MC: 58+234
Lotação R/R1: 68+238

Lotação TUE: 904



Formação TUE: MC+R+R1
Fabricante: Budd/MAFERSA
Ano de Fabricação: 1957
Origem: EUA
Ano Operação: 1997
Caixa: Aço Inox
Bitola: 1,60 m
Quantidade de Portas/Carro: 8
Linhas de operação: 7/10
Composição Linha 7: 6 Carros
Composição Linha 10: 6 Carros

Dimensões

Altura Carro: 4,121 m
Altura Pantogr. Abaixado: 4,655 m
Altura Pantogr. Levantado: 7,010 m
Altura Boleto ao Piso: 1,362 m
Altura Boleto ao Eixo Engate: 0,927 m
Largura Carro: 3,057 m
Largura Portas: 1,20 m
Comprimento MC/: 25,907 m
Comprimento R/R1: 25,907 m
Peso MC: 58.500 Kg
Peso R: 39.500 Kg
Peso R1: 36.500 Kg
Diâmetro das Rodas: 36 pol.

Capacidade e Desempenho

Esforço Trator: 15.304 Kgf
Potência Contínua: 1.224 Kw
Velocidade Máxima: 100 Km/h
Aceleração Máxima: 0,50 m/s²
Desaceleração Max. Freio de Serviço: 0,77 m/s²
Desaceleração Max. Freio Emergência: 1,10 m/s²
Raio Mín Curv Horiz.: 76 m
Lotação MC: 58+234
Lotação R/R1: 68+238
Lotação TUE: 904




Atual serie 1100(Raul#Mafersa)
Em 1957 após o final da concessão da SPR sobre a estrada de Ferro Santos a Jundiaí assume a operação da linha a RFFSA(Rede Ferroviária Federal SA), com o intuito de modernizar a tal linha inicia-se a construção do serie 100 em conjunto pela Budd e a Mafersa, sendo o primeiro trem de aço inox do Brasil.O serie 100 não foi só apenas o primeiro trem de inox do Brasil mas sim o primeiro TUE a ser fabricado usando a tecnologia Budd na América Latina.


Em 1984 passou para a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) não recebendo os devidos cuidados assim como o resto da frota paulista, chegando a rodar em péssimo estado de conservação, na década de 80 acaba o reinado da serie 100 na EFSJ e passa a dividir os trilhos com o novo serie 700. 


Atual interior do série 1100 (Raul#Mafersa)
Com a queda da CBTU como já era de se esperar, pois a mesma não conseguia fazer seu trabalho que era manter a qualidade e realizar melhorias nas ferrovias sobre sua administração.Em 1992 surge então a CPTM que absorve a frota problemática e mal conservada da CBTU com o intuito de modernizar, reformar e trazer a qualidade de volta aos trilhos paulistas.


Antigo interior do serie 1100 (acervo RFFSA)
Sendo assim a CPTM inicia em 1994 o programa de modernização da serie 100 um consórcio feito pela Mafersa e pela Cobrasma, no qual a Mafersa modernizaria os carros de numeração par e a Cobrasma os carros de numeração ímpar. O que poucos sabem mas no meio dessa modernização alguns carros da série 1400 também foram nessa modernização, nascendo assim a serie 1100.


Cujo as mudanças são esplendidamente notória, nova mascara frontal de fibra
e um interior moderno e mais funcional do jeito que o primeiro trem de aço inox merecia. Depois de anos mal cuidado o novo serie 1100 se tornava um marco de que as melhorias nas ferrovias paulista estava enfim chegando!  


Acidente em Perus


Como nem tudo na vida são flores infelizmente o serie 1100 mais tarde se envolveria em um grave acidente, em 28 de julho de 2000 na estação Perus na zona norte de São Paulo.
Poucos imaginavam, mas ali seria palco de um dos mais graves acidentes ferroviários de São Paulo . Uma composição serie 1100 que seguia para estação Francisco Morato acabou parando em Perus por falta de energia e por consequência outra composição de série 1700 por ventura também havia parado pela mesma razão na estação Jaraguá e é esvaziada. 
Porém por falhas no projeto original do trem o freio do 1700 não consegue segurar o trem pois entre Jaraguá e Perus há uma forte inclinação, então o serie 1700 desce descontrolado pela via por 5,5 quilômetros alcançando cerca de 70km/h em 8 longos minutos até que então choca-se com o 1100 que estava parado em Perus, matando 9 pessoas, deixando 115 pessoas feridas e por consequência destruindo a estação Perus.
Pelas dimensões do acidente poderia ter sido um numero maior de vitimas fatais, mas graças a Deus e a CPTM ter agido de forma rápida evacuando o 1100 o numero de perdas não foi maior.








Atualmente...


O série 1100 ainda divide espaço com o 1700 na linha 7 e agora desde 2010 entrou um outro trem novo que é o serie 7000, que por conhecidencia também ja se chocou contra um 1100. Dessa vez na saída de luz no segundo semestre de 2010, o 7000 que chocou-se era a unidade Q07 que avançou o sinal de colidiu com a lateral do serie 1100 como resultado dessa colisão a unidade Q07  está parada até hoje esperando reparos em Presidente Altino e o 1100 rodando normalmente.


O série 1100 é um trem que tem história a contar isso não é duvida alguma, entretanto é um trem que diverge opiniões entre fãs e pessoas não gostam muito dele. Conhecido por vários ferrofãs e maquinistas por milzinho e pelos usuários é chamado de trem pequeno, pois só possui 6 carros contra os 8 carros do serie 1700 e serie 7000 fato que o torna não muito querido pelos usuários da linha 7. 


Já na linha 10 o 1100 é muito querido porque devido a não possuir o isolamento acústico que os series 2100 possuem causam a falsa sensação de que correm mais ganhando assim pontos com os usuários da linha 10, entretanto ele roda na linha 10 em ocasiões raras.


Seu Futuro...


Com o inicio do programa do expansão SP que inclui a chegada de novos trens inicialmente de 20 novos trens da serie 7000 para a linha 7 Rubi através de contrato realizado em 2008, resultando a saída dos 1100 de circulação , mas devido a problemas com frota os 7000 que viriam para a linha 7 foram remanejados para outras linhas pra suprir o problema em outras linhas.


Fato que o TCE(Tribunal de Contas do Estado) desconhece pois se soubesse a CPTM seria multada e obrigada a devolver os trens de serie 7000 as suas linhas de contrato, algo semelhante ao que aconteceu com os trens de serie 2000 fase 2 2070 que por contrato eram da linha 11 mas rodava na linha 9 que rodam na linha 8 atualmente.


Ao que se sabe futuramente nossos queridos serie 1100 dará adeus aos trilhos paulistas, quando não se faz ideia ja que graças ao mal planejamento e a falta de trens forçam ele a trabalhar mais adiando a sua tao sonhada aposentadoria, mas a tendencia é a sua saída mais cedo ou mais tarde.


Texto: Raul Gomes 
Dados: TVGBR e wikipédia

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